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“2021 será um ano de transição”, diz presidente da Federasul

“2021 será um ano de transição”, diz presidente da Federasul

Uma das mais representativas entidades empresariais do Estado iniciou o ano sob nova gestão e com o foco ajustado na inovação.

Anderson Trautman Cardoso, novo presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul), vê nos exercícios da inovação e da aceleração tecnológica uma das formas para driblar o déficit público, principal entrave para o contínuo desenvolvimento do Estado em sua opinião. “Isso limita os investimentos e reduz nossa competitividade. Para contornar essa situação, precisamos gerar desenvolvimento econômico. Precisamos inovar para ganhar produtividade e competitividade, por isso que entendemos que a inovação é fundamental para o futuro do Estado”, diz Cardoso.

Para dar vazão a seu plano, ele pretende ampliar a capilaridade da instituição, uma de suas grandes forças, por meio da tecnologia. Quer acabar com a distância física, tida como limitadora na interação com as filiadas. “Assim, proporcionamos maior disseminação de conhecimento em toda nossa rede, visando a fortalecer nossas filiadas e as empresas a elas associadas”, observa.

É um movimento que já se iniciou, inclusive, como a palestra sobre inovação compartilhada com associações filiadas, incluindo o Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG). Outra ação é o lançamento de uma plataforma de integração para conectar as filiadas à entidade a fim de integrar processos, oferecer serviços, gestão e aprimoramento profissional. A ferramenta estará operando a partir do segundo semestre deste ano.

O novo dirigente da Federasul também percebe os polos da Serra – moveleiro, vinícola e metalomecânico – como exemplares na utilização da inovação para incentivar a produtividade e a competitividade. “São setores que ao longo dos anos têm buscado inovar seus processos, adotando novas tecnologias e colhendo bons frutos, ganhando competitividade mesmo em mercados extremamente competitivos”, observa.

Cardoso enxerga 2021 como um ano de mudanças, projetando-o com o que chama de “otimismo moderado”. “Otimistas por acreditar na chegada da vacina e na possibilidade de retomada de nossas atividades, mas moderados por saber que 2021 será um ano de transição e não de superação dos efeitos da pandemia. A velocidade dessa transição dependerá fundamentalmente, a nosso ver, do encaminhamento de pautas urgentes como as reformas Administrativa e Tributária”, analisa.

Essas pautas estarão na agenda da Federasul com o governador Eduardo Leite, assim como o trabalho para que as privatizações avancem e para que outras medidas para a redução de gastos públicos entrem em vigor. “Projetos que já estão na pauta da Assembleia Legislativa, como a PEC do Teto dos Gastos Públicos, do Duodécimo e a Reforma da Previdência dos Militares, precisam ser aprovadas”, comenta Cardoso.