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“Enquanto não diminuir o ritmo da contaminação, não vamos controlar a pandemia”

“Enquanto não diminuir o ritmo da contaminação, não vamos controlar a pandemia”

Médico que atende no consultório do Unidos por Bento, Alexandre Pressi foi convidado de mais uma live do movimento

 

Em live conduzida pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), a entidade líder do movimento Unidos por Bento mostrou como o consultório de atendimento à covid tem ajudado a combater a doença no município.

Desde que foi implantado, no final de abril, foram realizados mais de 150 atendimentos no espaço, com 66 dos pacientes contemplados pelo ciclo de 14 dias de atendimento. “Desses, 45 testaram positivos”, disse a vice-presidente do CIC-BG, Marijane Paese, também integrante do Comitê Técnico Regional da Serra.

São pessoas que, isoladas e com atendimento específico, ajudaram a não disseminar a doença e ainda contribuíram para evitar hospitalizações. Uma ajuda para o município, que encerrou o mês de maio com uma taxa de hospitalização decorrente da covid de 12%, o que significa dizer que para cada mil contaminados, 120 necessitaram de internação. “Enquanto não diminuir o ritmo da contaminação, não vamos controlar a pandemia”, observou o médico Alexandre Pressi, convidado da live e coordenador do consultório Unidos por Bento.

Atender precocemente o trabalhador com síndromes gripais, de modo a identificar a doença e tratá-la, isolando o paciente para que ele não ofereça risco de contaminação a outras pessoas, tem sido o principal esforço do serviço. A testagem é feita no tempo certo, determinada pelo médico, a fim de evitar o chamado falso-negativo, com o paciente e os familiares recebendo todo o acompanhamento. “O atendimento mais precocemente possível oportuniza também um diagnóstico mais rápido para acolhermos e orientarmos o trabalhador e seus familiares. Isso é importante porque não existe uma receita de bolo, cada caso é único e necessita de diferentes atendimentos e medicamentos. E tem também o acolhimento psicológico que fazemos, porque é uma doença que gera angústia, que gera culpa em transmitir para familiares”, disse o pneumologista, com a experiência de quem atendeu a 2,6 mil pacientes positivados.

Pressi disse que é preciso estar atento aos sinais do organismo para buscar auxílio médico o quanto antes. Nesse sentido, deu uma dica simples: “sempre que você se sentir diferente de seu normal”. Sinais como diarreia no inverno e rinite fora da primavera, assim como tosse e dores de cabeça e garganta, podem indicar um início de covid. “Sintomas vagos são sinais de alerta. Então, é melhor não visitar pais, avós, amigos, para evitar a contaminação. Muitas vezes, a covid é transmissível antes mesmos dos primeiros sintomas”, alertou.

Enquanto a vacinação não é aplicada em massa, esses cuidados, assim como os já conhecidos protocolos contra a covid, se fazem muito necessários. O maior percentual de contaminados em Bento Gonçalves (78%) está na população economicamente ativa, entre os trabalhadores de 20 a 59 anos, justamente a faixa que, tirando especificidades, não recebeu ainda a vacina. E o imunizante tem ajudado a fazer a diferença. Entre a população com mais de 60 anos, por exemplo, houve uma redução de 20% das internações graves. “Controlar a contaminação é de extrema necessidade”, disse Marijane.

A importância disso está no limitador da capacidade de atendimento de leitos de UTI na região. Hoje, esse limitador é de seis hospitalizações para cada 100 mil habitantes a cada sete dias. “Bento está hospitalizando 10, 60% a mais”, disse Marijane.

O atendimento no consultório é feito por uma equipe de nove médicos, todos com larga experiência na linha de frente no combate à doença. Os pacientes, inclusive, podem realizar reconsultas em caso de a doença se agravar. Para haver um melhor atendimento, os trabalhadores devem antes agendar a consulta por meio do telefone (54) 9.9908-4362.

O CIC-BG também está convocando mais empresas para auxiliarem na manutenção do serviço, que se faz cada vez mais necessário para impedir a disseminação do vírus e, assim, reduzir as internações hospitalares. Para saber mais, entre em contato com o CIC-BG pelo telefone (54) 2105-1999.

 

Assista ao vídeo com a live: https://www.youtube.com/watch?v=K_hFiHr0Wi8

Ou procure pelo canal do CIC-BG no Youtube