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Cenários pós-pandemia são apresentados em fórum da AL

Cenários pós-pandemia são apresentados em fórum da AL

 

O Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico do RS, criado em parceria entre a Assembleia Legislativa e o LIDE RS, tem trazido importantes discussões acerca dos reflexos da pandemia no Estado. No último encontro, que ocorre sempre por videoconferência no dia 11, com a presença do presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG), Rogério Capoani, foram apresentadas duas pesquisas que traçam cenários pós-pandemia pelo Grupo G5 e pelo Transforma RS.

O G5 mostrou números da FSB Pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), sobre os impactos nos hábitos de consumo. Entre 50% e 72% das pessoas entrevistadas não estão dispostas a retomar o mesmo patamar de compras de outrora.

A pesquisa foi realizada com 2 mil pessoas entre os dias 2 e 4 de maio e também indicou que 70% dos entrevistados pretendem mudar sua rotina quando a pandemia passar – desses, 26% dizem que irão mudar totalmente seu dia a dia.

Os participantes também demonstraram apreensão com a atual situação econômica ocasionada pelo coronavírus. Para 88% deles, haverá um impacto gigante na economia brasileira, e 48% têm um grande medo de perder o emprego. Quanto à renda, o quadro também é preocupante: enquanto 23% ficaram sem rendimentos, 17% tiveram redução dos vencimentos mensais.

Outros dados apurados pela pesquisa mostram que as pessoas estão adotando um novo padrão voltado ao consumo do essencial. Neste cenário, está surgindo o “novo normal”, já que a vida dita normal – conhecida antes da pandemia – não deve retornar.

É um ambiente de aceleração da digitalização, com efeitos como a redefinição da forma de trabalhar e de novos modelos de organização para pessoas jurídicas, e de valorização do tempo e do trabalho em rede para pessoas físicas. O período é de mudanças rápidas, necessidade de adequação estratégica ao novo normal e de exaustão dos modelos de negócios.

A pesquisa indica que, para voltarem a ser competitivas, as empresas precisam de uma proposta de valor inovadora nos negócios/marcas. Para isso, é preciso reforço institucional, ênfase na conveniência e destaque de oportunidades de compra. Já os setores necessitam estimular campanha de valorização da categoria através dos sindicatos, realizar pesquisas com consumidores e atuar de modo nichificado.

O estudo também mostrou que é preciso retomar a relação de confiança entre empresas e consumidores – esses receosos com o contágio – para religar a economia. O atual cenário, mostrou o Grupo G5, indica novas oportunidades de sustentabilidade, com mais cooperação e cocriação e somas de competência.

O presidente do Transforma RS, Daniel Randon, apresentou o estudo Cenários pós-crise Covid-19 no RS. Para ele, haverá necessidade de uma estratégia do Estado para retomar o desenvolvimento e que os vetores de crescimento precisam considerar os ecossistemas produtivos e os polos regionais.

Randon também destacou que diante da crise na área de saúde combinada com a quebra da safra de grãos, a recessão nacional e a crise fiscal, o Estado precisa ser competitivo. Para isso, será preciso reformas administrativa e tributária e parcerias público-privadas. O Transforma RS é um hub criativo criado pela Agenda 2020, pelo Polo RS e pelo PGQP.

 

Confira as duas pesquisas aqui.