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Centro Empresarial: a opinião de quem ajudou a construir a história

Centro Empresarial: a opinião de quem ajudou a construir a história

Complexo é fruto do trabalho conjunto de diretorias através dos anos

 

Não houve quem tenha sentado na cadeira da presidência do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG) sem trabalhar para a concretização do Centro Empresarial. Da leva mais moderna de gestores que passaram pela entidade, Jordano Zanesco e Leonardo Giordani relembram alguns dos episódios que marcaram a década de 2010, comprovando que o complexo foi construído num esforço conjunto de diretorias através do tempo.

Zanesco, que liderou o CIC de 2012 a 2013, comenta que sua equipe atuou para equalizar as contas do CIC a fim de tornar todos os projetos da entidade superavitários. “Sendo assim, nosso planejamento orçamentário possibilitava reservarmos recursos para iniciar o projeto arquitetônico na próxima gestão”, comenta.

Assim, os trabalhos se sucediam de um presidente para outro, e a Giordani coube uma parte burocrática do processo: a divisão e a escrituração do terreno. Passada essa fase, finalmente chegou-se ao projeto arquitetônico. “Foi um processo realizado com muito zelo e cuidado, com regras claras e muita divulgação, priorizamos construtoras associadas ao CIC e, na falta delas, empresas não associadas. Ao final de nossa licitação, a Construtora Poletto se sagrou vencedora”, recorda Giordani, à frente da instituição nos anos de 2014 e 2015.

A gestão de Giordani ainda realizou o pagamento do projeto e das primeiras parcelas da construção, lançando a obra em conjunto com o Sindmóveis e a Movergs no final do mandato, em dezembro de 2015, juntamente com a posse de Laudir Piccoli.

Agora inaugurado, na histórica data de 23 de novembro de 2017, o Centro Empresarial representará um período de coletivismo ainda mais exacerbado, segundo os ex-dirigentes do CIC. “O Centro Empresarial vai alçar as entidades a um patamar superior, tanto em estrutura, como na união de forças e conhecimento. Bento será projetada ainda mais com esse empreendimento”, avalia Giordani. Para Zanesco, a sede representa a força e a união de todos os associados, de todas as diretorias e de todos os grupos que direta ou indiretamente fizeram parte da entidade. “Mostra que somente através da união de todos é possível sermos mais representativos frente aos interesses do CIC, trabalhando junto ao poder público e a outras entidades associativas a fim de desenvolvermos uma sociedade cada vez melhor”, opina. “É mais um passo importante para vários outros projetos que ainda podemos realizar”.

 

Empreendimento reafirma o valor do associativismo enraizado no Sindmóveis

A consolidação do polo moveleiro de Bento Gonçalves é estreitamente conectada à história do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis). A partir dos anos 1970, sindicato e indústria cresceram lado a lado, configurando aquele que hoje é o maior polo moveleiro do país.

O embrião do Sindmóveis nasce em 1973, quando um grupo de empresários fundou a Associação Profissional de Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves. Com o desenvolvimento do setor em profusão, em 1977 a entidade recebe a denominação de Sindmóveis. Naquele momento, organizava-se a primeira Mostra do Mobiliário de Bento Gonçalves, hoje consolidada como a Movelsul Brasil, a mais importante feira do setor na América Latina. A inauguração deste dia 23 de novembro redesenha uma parceria que começou no dia da fundação do Sindmóveis. Em 1977, a primeira sede do sindicato era dividida com o CIC/BG e outras entidades no último andar do Edifício Camerini. 

Desde o princípio de sua história, o Sindmóveis não restringiu sua atuação apenas às atividades sindicais. A entidade tem duas outras importantes frentes de atuação: comercial e política. A presidência mantém contato permanente com instituições públicas e privadas, defendendo a consolidação de uma política justa na área econômica. Oferecer um ambiente de negócios adequado ao associado também está no cerne da entidade, como pontua Alcides Pasquali Filho, presidente do Sindmóveis de 2003 a 2004, quando da compra de parte do terreno que hoje sedia o Centro Empresarial. “Esse projeto, que eu considerava como um sonho, começou durante a minha gestão e fico surpreso que tenha se concretizado nessa velocidade. Na época, participei ativamente das negociações sobre o terreno e acredito que esse será um local importantíssimo para centralizar nossa força empresarial. O futuro vai mostrar que a decisão de empreender nesse local e unindo várias entidades foi acertada”, destaca.

Comercialmente, o Sindmóveis trabalha para expandir a representatividade das empresas associadas e ampliar o desempenho do setor como um todo. Além da Movelsul Brasil, é parceira na realização da feira High Design Home & Office Expo (criada a partir da Casa Brasil e realizada anualmente em São Paulo); promove, há 30 anos, o Prêmio Salão Design e os projetos setoriais de promoção das exportações Raiz e Orchestra Brasil, com apoio da Apex-Brasil. As relações com entidades-irmãs, fortalecendo o crescimento é mútuo, é um dos pontos salientados por Henrique Tecchio, presidente do Sindmóveis de 2014 a 2016, quando do início das obras do Centro Empresarial.

Para Tecchio, certamente, o maior bem de uma entidade sempre foram e serão seus associados. “Agora, com essa nova sede que congrega as principais forças empresariais de Bento Gonçalves, poderemos otimizar muito o processo de demandas envolvendo os diferentes setores produtivos do município. A imponência da nova sede também trará mais associados às entidades. O maior benefício será o fortalecimento do associativismo, que hoje faz toda a diferença na resolução de demandas dessas forças econômicas do município”.

 

 

Crédito das fotos: Jeferson Soldi