Notícias

CIC Informa: Índices econômicos inspiram confiança na retomada

Quando a pandemia começou a ser controlada, imaginava-se que uma normalidade seria restabelecida. E, então, veio uma guerra para bagunçar, novamente, o cenário econômico, elevando o preço do petróleo e dos alimentos, principalmente.

Nos últimos dois anos, a inflação tem sofrido crescimento acelerado. Entre janeiro de 2020 e maio de 2022, a variação mensal do IPCA, que antes da pandemia era de 0,21%, chegou a 1,35% em dezembro de 2020 e atingiu seu pico, de 1,62%, em março deste ano. 

Em 2022, alimentos e bebidas, vestuário e transportes lideraram, por segmentos, a variação acumulada do índice do IPCA com 7,56%, 7,34% e 6,77%, respectivamente. “Com isso, o peso dos segmentos no orçamento dos brasileiros foi alterado. Gastamos proporcionalmente menos em vestuário, comunicação, educação, despesas pessoais e com saúde para gastarmos mais com alimentação e transportes”, observa a presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves, Marijane Paese.

Se, em janeiro de 2020, os gastos com despesas pessoais representavam 10,7% do orçamento, em maio deste ano eles respondiam por 9,7%. Já o investimento com transporte subiu de 20,6% para 22,1%, levando em conta esses mesmos meses, enquanto o de alimentação e bebidas subiu de 19,3% para 21,3% nesses mesmos períodos. Porém, ao comparar o crescimento da inflação em maio deste ano (0,47%) com o mesmo do ano passado (0,83%), observa-se que o crescimento foi bastante inferior. Em relação a abril de 2022 (1,06%), a diferença foi maior ainda. O índice de maio foi a menor variação desde abril de 2021, quando se registrou 0,31%.

A desaceleração do crescimento inflacionário tem uma razão: os sucessivos aumentos na taxa de juros promovido pelo Banco Central ao longo do último ano. Saiu de 4,25% em junho de 2021 para 12,75% em junho deste ano.

Desde o início do ano, porém, o real ganhou força em relação ao dólar, reduzindo a taxa cambial. Como consequência do aumento dos juros, ampliou-se a entrada de capital estrangeiro no país, o que pressionou a taxa de câmbio. No país, o crescimento do PIB passou de -0,2% e foi escalonando até alcançar 1% no primeiro trimestre de 2022. E as expectativas para o crescimento do PIB em 2022 estão crescendo. Se há quatro semanas o relatório da Focus a variação do PIB era de 0,52%, hoje ele está em 0,70%.