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Cresce a presença de jovens no mercado de trabalho

Jovens no mercado de trabalho

De acordo com um estudo do Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul (UCS), o primeiro semestre de 2021 teve aumento na inserção do jovem no mercado formal de trabalho nos 14 municípios da região de abrangência do educandário.

O boletim Juventude e Mercado de Trabalho aponta que, no período, esse público ocupou 125,7 mil postos de trabalho, um aumento de 9,2% quando comparado a 2020 – a pesquisa considera como jovens pessoas até 29 anos. Também no primeiro semestre, o total de empregos na região cresceu 4% no nível de postos de trabalho, sendo indústria e serviços os principais contratantes. “Dessa forma, atualmente a criação de vagas de empregos ocupadas por jovens está acelerando mais que o total de outras faixas etárias”, constata o estudo.

Para o consultor Adelgides Stefenon, coordenador do Observatório da Economia do CIC-BG e vice-presidente do Bento+20, os jovens são inovadores, inventivos e ajudam a construir empresas mais tecnológicas. “Eles podem alavancar inovações, novas maneiras de ver o mundo e propor soluções mais rapidamente. Indústria e serviços são setores muito dinâmicos que precisam cada vez mais de recursos humanos qualificados e que se proponham a construir”, analisa.

Conforme o levantamento, Bento Gonçalves ocupa a segunda posição entre os municípios que mais contrataram, com 13,3% do total – ou 16,7 mil vagas. Stefenon acredita que esse número poderia até ser maior, pois a cidade oferece oportunidades para pessoas qualificadas ou que queiram se qualificar, tanto para jovens até 29 anos quanto para o público superior a essa idade. “Em Bento, faltam trabalhadores, especialmente os qualificados”, constata.

Mas essa é uma realidade que mudará num futuro próximo. “O Bento+20, com coordenação do CIC, está fazendo pesquisa inédita em toda cidade para levantar as necessidades de RH existentes em todos os setores. Assim, vamos propor o desenvolvimento de ações para qualificação profissional e fazer frente aos desafios atuais e futuros das organizações”, planeja.

O boletim da UCS também mostra que, entre os jovens, a faixa etária com mais admissões no período em análise foi de 18 a 24 anos, com pouco mais de 6 mil contratados. Ao todo, 10,6 mil empregos foram preenchidos por jovens até 29 anos. Desse universo, 4,6 mil tinham ensino médio completo e 2,9 mil o incompleto. Além disso, 728 haviam concluído o ensino superior e 761 tinham essa graduação de forma incompleta.

De acordo com o estudo, “ficou evidente a alta contratação de jovens com ensino médio completo neste primeiro semestre, mostrando a alta especialização e anseio por capital humano que a economia apresenta nos dias atuais”. No boletim foi analisada a juventude compreendida em três faixas etárias: até 17 anos, 18 a 24 anos e 25 a 29 anos. A primeira faixa representa os jovens trabalhadores que se inserem no mercado de trabalho em provável primeiro emprego ou que participam de programas governamentais. A segunda faixa compõe jovens em transição para a idade adulta, enquanto a última representa os adultos jovens. A UCS utilizou dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério da Economia, para compor o levantamento