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É preciso celebrar, sim, o Dia da Indústria

É preciso celebrar, sim, o Dia da Indústria

 

 

Por Rogério Capoani, presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves

 

O Dia da Indústria é uma data especial para todos aqueles que acreditam na geração de trabalho e de renda como a melhor política de desenvolvimento socioeconômico de uma cidade, de um Estado e de uma nação. Celebramos, desse 25 de maio, um dos segmentos econômicos mais importantes do país e o principal de Bento Gonçalves.

É preciso enaltecer a indústria porque foi através dela que se lançaram as bases para nossa nação progredir. Ela representa em torno de 20% do PIB nacional, gera 70% de nossas exportações e responde por mais de 30% dos tributos federais. Mais: a cada R$ 1 produzido na indústria são gerados R$ 2,40 na economia. Na nossa Bento Gonçalves, a indústria é vital. Quase 60% do faturamento do município advém desse segmento. É na indústria, ainda, que está o maior número de empregados da população economicamente ativa do município, com 38% do total.

Isso, por si só, já seria justificável para prestarmos reverência à indústria. Mas ela não é só números e estatísticas, é também povoada de histórias. Cada indústria guarda um pouco da história do desenvolvimento de uma região, traz exemplos do empreendedorismo do nosso povo e episódios que demonstram a coragem de empreender e também, a polivalência de sobreviver, crise após crise.

Ainda temos muito a avançar, é fato. Ao mesmo tempo que isso representa nossa constante luta para que tenhamos mais condições de competir, a partir de uma carga tributária mais justa, também significa que temos um caminho para crescer ainda mais. A pandemia trouxe mais dificuldades, amargamos demissões e fechamento de empresas, e ainda estamos tentando lidar com essa novidade em nossas vidas. Precisamos lidar com as medidas protetivas para produzir, o que reduziu a capacidade laboral das empresas, e com o desafio de comercializar os produtos num novo ambiente de consumo.

Estamos, neste momento, conseguindo manter as linhas de produção operantes, devido a pedidos represados por conta da pandemia. As lojas fechadas e a reativação vagarosas delas se constituem no encolhimento de encomendas, e isso força as empresas a um grande desafio de reposicionamento no mercado. Isso é importante para que elas continuem competitivas, buscando o cliente final e encontrando a possibilidade de novos nichos do próprio negócio.

O CIC-BG está totalmente solidarizado com a situação do empresariado e tem mantido diálogo aberto com os governos em todas as esferas do poder. Estamos desempenhando nosso papel representativo, com nossa força centenária, para articular e cobrar dos governos que os subsídios em forma de crédito ou mitigação de tributos chegue, de fato, ao nosso empresário. E também estamos disponibilizando ao associado, especialmente neste período demasiadamente complicado, um suporte com assessoria e meios de auxiliá-lo a encontrar um melhor planejamento para suas atividades.

Neste Dia da Indústria, reitero a cada um dos empreendedores dessa cidade que o CIC-BG não descansará até esgotar todas as possibilidades de negociações para que tenhamos, dentro de um equilíbrio que equacione saúde e economia, todos os setores produtivos em operação. Parabéns a todos os empreendedores desta nação, verdadeiros guerreiros que investem sua coragem, determinação e seu arrojo para fazerem com que toda uma cadeia produtiva funcione, propiciando desenvolvimento, saúde e economia para milhares de famílias a partir da indústria.