Notícias

Em live do CIC-BG, especialistas ensinam que marketplace e loja virtual própria se complementam

Em live do CIC-BG, especialistas ensinam que marketplace e loja virtual própria se complementam

Bate-papo com Rogério Tessari e Bruno Benini mostrou importância das vendas em canais digitais

 

A pandemia trouxe a necessidade da aceleração digital como uma das principais alternativas para a sobrevivência de muitos negócios. Embora adentrar neste mundo seja uma tarefa que exija algum conhecimento tecnológico, o mais importante é mudar a cultura da empresa. "Tem que dar o primeiro passo", disse o CEO da Tiny Software, Rogério Tessari, em live sobre o tema, promovida pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), segunda-feira (15). "A continuidade é uma sequência de ações: da mesma forma que a empresa conquista o público da loja (física), também é no online", prosseguiu o também diretor da Área de Tecnologia da entidade.

Para ele, digitalizar os negócios é se abrir para o público através dos canais online, o que inclui desde o uso de aplicativos como o WhatsApp ou de redes sociais como o Facebook, até as principais ferramentas para isso, a loja virtual própria e o marketplace.

Foi sobre essas duas formas de comercializar produtos no mundo virtual que se concentrou a conversa mediada pelo 2º vice de Assuntos da Indústria do CIC-BG e também diretor de Marketing da 30ª ExpoBento, Bruno Benini. A primeira, explicou Tessari, é basicamente criar um site de vendas com os seus produtos, fazendo a jornada completa do cliente, desde a visualização da mercadoria, o pagamento e o transporte. Já o marketplace é como se fosse um grande shopping virtual, a exemplo de players como Amazon e Americanas, e seu produto é colocado à venda junto a diversos outros. Qual seria o melhor, então? Ambos trazem vantagens e desvantagens e, por esse motivo, Tessari sugeriu a empreendedores utilizarem as duas formas para vender. "São possibilidades que se complementam", disse.

Se a loja virtual própria exige a contratação de uma plataforma, cadastro de produtos com boas fotos e descrição e conquista de audiência, por outro ela coloca a marca em relacionamento direto com o cliente. No marketplace, embora haja uma comissão sobre as vendas, a oportunidade de visibilidade para o produto é muito grande, o que aumenta as chances de vendas.

Para Benini, a loja própria tem como grande vantagem a oportunidade de fidelizar o cliente e a ausência de comissão para as transações. "Com o acesso ao e-mail do comprador, você consegue trabalhar uma segunda venda ou o marketing direcionado, mas precisa pagar para Google ou Facebook para estimular que o cliente vá a loja – e isso não significa que ele necessariamente irá comprar. No marketplace, você é muito mais visto, mas o cliente não é seu, é do marketplace, é como construir uma casa num terreno emprestado ou alugado: hoje está bom, mas se amanhã mudar a regra do jogo, como você fica? Acho importante ter os dois", avaliou Benini, que é diretor da loja virtual de móveis e complementos para decoração Elare.

Tessari avalizou a opinião e disse que unir as duas formas é importante para aumentar as chances de sucesso. "O marketplace traz as primeiras vendas e você vai ganhando expertise para ampliar a comercialização própria. A empresa pode até vender só no marketplace, mas deve fazer suas campanhas próprias, como mandar o link do produto vias WhatsApp ou marcar determinado item no Instagram", ensinou.

Na live, que pode ser assistida neste link https://bit.ly/3ftWOaX, ainda foram abordados assuntos como a comercialização entre empresas (b2b), marketplace de nicho, ERP (software de gestão), fulfillment (conjunto de operações do recebimento do pedido até sua entrega) e full commerce (terceirização de processos como logística, meios de pagamento, etc).