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Indústria impulsiona crescimento de empregos em Bento Gonçalves

Indústria impulsiona crescimento de empregos em Bento Gonçalves

OECON/CIC-BG mostra que julho teve saldo positivo de vagas pela primeira vez desde fevereiro

 

Depois de quatro meses consecutivos com registros negativos de emprego entre março e junho, o mês de julho apresentou alta, indicando um cenário de melhora para a economia tanto no país, quanto no Estado e no município. Em Bento Gonçalves, a chegada do segundo semestre trouxe, no saldo geral entre admitidos e demitido, a criação de 228 postos de trabalho. A indústria foi a grande responsável pela ascensão.

Segundo os dados do Novo Caged analisados pelo Observatório da Economia do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (OECON/CIC-BG), o segmentou criou 342 vagas – quase sete vezes mais do que em junho, quando a principal força econômica da cidade já havia fechado com 44 vagas positivas. "É uma recuperação mais rápida do que esperávamos", comemora o presidente da entidade, Rogério Capoani.

Para ele, os dados demonstram uma constância no trabalho, viabilizada pelo fim do abre e fecha dos setores produtivos. "Com a indústria, que é o alicerce de nossa economia, se recuperando, os setores do comércio e dos serviços vêm junto. O trabalho contínuo, sem interrupções, mantém a produção equilibrada e constante, o que é fundamental para termos mais contratações e menos desligamentos", diz o dirigente.

O setor moveleiro foi o principal motor da indústria, com um saldo positivo de 160 contratações, seguido pelo segmento de produção de borrachas e plástico, com 85. "Isso indica um sinal de retomada da economia a partir da indústria", observa um dos integrantes do OECON, o professor da UCS Fabiano Larentis.

Além da indústria, a construção civil registrou saldo positivo de 12. Por outro lado, comércio e serviços registraram saldos negativos, com -30 e -96, respectivamente. "No acumulado de março a julho, são 2.075 empregos a menos, mas já representa uma melhora de 10% na comparação com o saldo de março a junho (-2.303)", diz Larentis.

Entre as 10 atividades econômicas com maiores saldos positivos e negativos de admitidos e desligados entre janeiro e julho, o acumulado negativo de -895 teve contribuição principalmente de serviços de alojamento (-243), alimentação (-212) e comércio varejista (-151). Já o saldo positivo no período (169) teve relação majoritariamente pelas contratações das empresas de produtos de metal (65), de borracha e plástico (30) e de manutenção de equipamentos (23).

 

No Estado e no país

Os dados alentadores de Bento Gonçalves registrados em julho seguiram os números positivos do Estado e do país. No Rio Grande do Sul, esse mês teve saldo positivo de 1.251 empregos formais, sendo a indústria e a construção os principais responsáveis, com saldos positivos de 3.639 e 560, respectivamente. Os setores de comércio e serviços ainda apresentaram saldo negativo (3.001 empregos no conjunto) e, no período de março a julho, o saldo é de -129.670, uma melhora de 1% em comparação ao somatório de março a junho.

No país, julho registrou saldo positivo de empregos de 131.010, depois de quatro meses seguidos de saldos negativos – março (-263.177), abril (-927.598), maio (-355.933) e junho (-19.579). Mais uma vez, a indústria foi a grande geradora de oportunidades, representando 41% do total.