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Meetup, no CIC-BG, aproxima conceito startup de empreendedores

O Salão de Eventos do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG) transformou-se em um ambiente conectado aos novos rumos que as startups têm possibilitado ao mundo dos negócios na noite de terça-feira (08), durante o Meetup. Norteado pelo tema “Empreendedorismo e o Novo Consumidor Digital”, o encontro teve a apresentação de cases de empreendedor para empreendedor e mostrando como a transformação digital tem revolucionado o ambiente corporativo, pela ótica dos palestrantes Roberto Angonese e Esdras Moreira, respectivamente.

Angonese está há cinco anos empreendendo, dos quais dois foram dedicados ao desenvolvimento de uma startup voltada a aquisições de manutenção industrial. O contato com esse universo se deu em novembro de 2016. “Entendi que o mundo estava mudando de maneira muito rápida e queria fazer parte disso”, disse. A startup ficou na ativa entre o início de 2017 até o final de 2018. “Decidi encerrar ela porque invalidei o modelo de negócio, e isso é muito natural dentro de uma startup. Se falarmos que 5% dos negócios tradicionais dão certo, numa startup esse índice é muito menor, porque envolve risco, e quanto maior o risco, maior o ganho”, comentou. 

O aprendizado serviu para remodelar seu outro negócio, direcionado a embalagens industriais. “O mindset (mentalidade) da startup cabe muito bem num negócio tradicional”, ensina.

Isso porque, segundo Moreira, a transformação digital pela qual o mundo tem passado não é, de fato, apenas digital. “Ela permeou sete passos que lideram a estratégia de gestão de uma empresa, ou assim deveria ser”, comenta, referindo-se aos aspectos de equipe e cliente como centro das decisões, modelo de negócio, geração de valor, processos, tecnologia, inovação e, o principal, pessoas.

A transformação trouxe um cliente mais exigente e informado. É ele quem, neste novo cenário, define experiências que quer como consumidor. “Isso aconteceu porque hoje ele tem acesso. Antes tínhamos uma defasagem para alguns países, mas isso diminuiu um pouco por causa da tecnologia. Impactado pela informação, o cliente passou a ter novos valores, e novos valores significam novos clientes. Quando o cliente passa a ter um novo valor, ele passa a consumir um novo produto, ele passa a dar o próximo passo dele, e se você é o próximo passo dele, alguém será”, diz Moreira.

Estar disposto a experimentar é um dos requisitos para quem quer empreender ou utilizar o conceito startup num negócio já existente. “É um método científico, tentativa e erro. E de maneira rápida e barata, num conceito de produto mínimo viável (MVP, do inglês minimum viable product)”, comenta Angonese, lembrando da validação do consumidor. “É uma lógica do Eric Rice (autor de livros sobre o assunto), de construir, medir e aprender. Através de ideias você constrói produtos, dos produtos você mede a eficiência e dessa medição você tira aprendizado e desse aprendizado constrói novos produtos, ficando neste ciclo até acertar ou inviabilizar e partir para outra. É preciso resiliência, não importa o que você via fazer, se for obstinado em fazer alguma coisa acontecer, você vai fazer acontecer”.

O Meetup foi promovido pelo Grupo Conexão Bento/Farroupilha, formado por entusiastas da inovação no mundo dos negócios.

 

Crédito das imagens: Exata Comunicação