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Hamilton Mourão avalia situação do país no CIC-BG

Senador cumpriu agenda em Bento Gonçalves nesta quinta-feira

 

Cumprindo agenda em Bento Gonçalves, o senador Hamilton Mourão visitou a 31ª ExpoBento e a 18ª Fenavinho nesta quinta-feira (15), e encerrou sua passagem pela cidade palestrando no Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG).

Tema recorrente na noite, a insegurança pela qual a economia brasileira está passando, com incertezas do mercado e juros altos, foi abordado, pela primeira vez no pronunciamento da presidente da entidade, Marijane Paese. Ela solicitou apoio ao empreendedorismo e uma reforma tributária justa. "Precisamos encontrar formas de apoiar os empreendedores com subsídios que possibilitem avanços para investir em inovação de processos, tecnologia e qualificação de pessoas. Sabemos da importância da Reforma Tributária dentro desse contexto, mas não poderemos mais onerar a população com aumento de impostos, sinalizado no setor de serviços e no caso da indústria vinícola com a cobrança do imposto seletivo", disse.

Para o senador Mourão, há limitações do novo governo na gestão do país. "Passados quase seis meses, percebe-se enorme dificuldade de relacionamento dentro do Congresso, especialmente na Câmara dos Deputados". Mourão reforçou que, ao tentar surgir como liderança mundial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esqueceu de olhar para dentro do país. "Faz 20 anos que ele assumiu seu primeiro governo e muita coisa mudou, ele não entendeu o que aconteceu, que há um compartilhamento entre Executivo e Legislativo naquilo que é fundamental para o país, que é execução orçamentária".

Para ele, o que mais aflige a todos é a questão econômica, que há muitos anos convive com "rachaduras em suas duas colunas mestras", o equilíbrio fiscal e a produtividade. "Nós precisamos que o governo gaste menos. No governo Dilma, a relação dívida/PIB pulou de 50% para 70%. Nosso governo foi o único que não aumentou a dívida pública, mas a economia que teríamos com a reforma da previdência de R$ 800 bilhões em 10 anos, nós precisamos investir R$ 600 bilhões para enfrentar a pandemia. E na outra coluna está produtividade, que é o custo Brasil. É caro produzir no nosso país. E surge a questão da reforma tributária".

Entretanto, Mourão criticou o texto da reforma. No pacote, segundo ele, há, previsão de mudança de alíquotas para alguns setores. Um dos prejudicados seria o do agronegócio, responsável por puxar o PIB para 1,9% no primeiro trimestre deste ano. "Esse é o nosso setor 4.0 do país, porque compete e somos imbatíveis. Não pode taxar mais esse setor". Outro ponto que o preocupa é a disparidade de legislação. "Temos 27 legislações diferentes de ICMS e 5,5 mil de ISS, um para cada município e que mudam constante. Se conseguirmos unificar a legislação e acertamos a questão das alíquotas, já termos uma reforma boa. Ainda vamos ter muita discussão sobre isso. Não podemos penalizar setores que são fundamentais para nossa economia. Na questão do vinho, se for considerado o imposto seletivo que vai taxar cigarro e bebida, a competitividade será afetada bruscamente".

 

Deputado anuncia R$ 300 mil para a saúde

Também presente na reunião, o deputado federal Afonso Hamm aproveitou para fazer um anúncio.  "Entregamos ontem (quarta-feira) R$ 300 mil por emenda parlamentar para a saúde do município, com o pagamento sendo realizado hoje (quinta-feira)", disse.

O deputado estadual Guilherme Pasin solicitou ao senador que continue representando Bento Gonçalves no Congresso Nacional. "Bento é uma terra de gente trabalhadora, terra de futuro e de oportunidades". O prefeito Diogo Siqueira disse que o Estado tem um grande carinho por Mourão. "A população confia em seu trabalho e precisamos de sua visão no governo federal, precisamos de uma defesa dos valores do trabalho, para mostrar a força da Serra para todo o Brasil", disse.